terça-feira, 5 de abril de 2011

Acessibilidade Copa 2014 em BH

terça-feira, 5 de abril de 2011


Para ganhar o jogo, temos que fortalecer nossa defesa e ter um ataque ofensivo. Parece uma estratégia de jogo, mas também é como devemos pensar para que na Copa do Mundo 2014 que irá acontecer no Brasil, não tenhamos nenhum tipo de impedimento quanto aos planos de acessibilidade, que na verdade é uma exigência da FIFA, e que consigamos ganhar com folga, sem levar esse jogo para a prorrogação. Afinal, acessibilidade é show de bola!


Copa para todos. Este é o objetivo da Campanha de Acessibilidade na Copa de 2014 promovida pelo Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência (Conade), órgão que integra a estrutura básica da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. O alvo da campanha é adaptar as 12 cidades-sedes da Copa no Brasil ao conceito de acessibilidade universal.

Segundo o presidente do Comitê Executivo das Copas pela Prefeitura de Belo Horizonte, Tiago Lacerda, em maio foi apresentado o Planejamento Estratégico para a Copa. “Os programas ainda não foram detalhados, mas, em todos, vamos levar em conta a questão da acessibilidade”, garante. Lacerda adianta que serão montadas câmaras temáticas para discutir os projetos com a sociedade organizada a partir do próximo semestre. Entidades representativas que deverão compor, no próximo semestre, comissões para que a Prefeitura possa debater os projetos da Copa. Belo Horizonte tem locais exemplares, como é o caso do Museu de Artes e Ofícios, com acessibilidade para qualquer tipo de deficiente, inclusive com intérpretes para libras.


Segundo a coordenadora, para a elaboração do projeto foram visitados inúmeros estádios europeus. “Para termos bons exemplos, sempre projetamos buscando atender às diversas normas, incluindo acessibilidade.” Dois bons cases em acessibilidade de estádios na Europa são o Milton Keynes Dons, com mais assentos para amigos e familiares de cadeirantes, e o Wembley, que possui um ótima comunicação visual e tátil – ambos ingleses –, aponta Alessandra. Ela ressalta que a acessibilidade deve ser garantida em todas as áreas, para todo tipo de público, sejam espectadores ou profissionais, para o que foi preciso desenvolver rampas e escadas especiais. Além da acessibilidade, o projeto também deve garantir evacuação da arena com segurança. Para a coordenadora-geral do projeto, “adequar todas estas necessidades foi desafiante, mas conseguimos viabilizá-las”.

Esta matéria foi publicada no jornal “Na Luta”, N°14, Ano IV de Setembro/Outubro/Novembro de 2010, páginas 8 e 9.

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